O Brasil precisa ajudar a si mesmo. Não há liquidez global que dure para
sempre e, ainda mais importante: um contexto mundial favorável, mesmo que
perdure, quando conjugado à incapacidade local de encarar seus desafios,
resulta em crescimento medíocre e um potencial limitado para apreciação de
ativos domésticos.
Há ainda um outro componente que limita a continuidade do bom
desempenho dos ativos nacionais. Após um forte movimento de valorização dos
ativos de renda fixa no Brasil no último ano, é natural que os agentes econômicos
se ponham de sobreaviso, reavaliando suas opções e, eventualmente, saindo do
ativo que sofreu rápida apreciação para realizar ganhos, caso considerem que a
relação risco/retorno futura tenha deixado de ser interessante.
Imagina-se o choque das expectativas quando o mercado embutir nos
preços que o ajuste fiscal sequer começou a ser feito, apesar da recessão, da
incerteza política e das dolorosas discussões de corte de benefícios sociais.
Para realmente tentar atacar o problema, os agentes econômicos terão
que considerar uma alta de impostos, o que fatalmente os levará a refazer suas
contas para a atividade econômica e inflação
Centro Universitário Para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
Curso de Ciências Econômicas
NUPESER - Núcleo de Pesquisa Socioeconômica Regional
Profº. M.e. Luiz Alberto Neves – E-mail: seven@unidavi.edu.br
Pesquisa realizada por: RIOCOR Invest Agente de Investimento