quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

RELATÓRIO MACROECONÔMICO JANEIRO 2017

 A depressão que atingiu o Brasil nos últimos três anos ainda não deu nenhum sinal de recuperação nos dados econômicos, muito menos nos de emprego que, em geral, são os últimos a melhorar. Se a recuperação ainda não veio, o que a taxa de juros em queda fez até agora foi manter a esperança viva. A própria confiança já começava a cair em função da falta de resultados econômicos. Estamos ainda no estágio inicial da melhora.
Os ciclos econômicos no Brasil seguem uma trajetória muito peculiar. O nível de juros de equilíbrio alto e o fato da maior parte da divida publica ser pós fixada, fazem com que juros em queda tenham impacto não somente sobre a expectativa de crescimento como também sobre a projeção de solvência da divida publica.
Assim, como a expectativa piora rápido quando a roda gira na direção errada: inflação alta, juros altos, crescimento baixo, arrecadação de impostos em baixa, dúvidas quanto a sustentabilidade da dívida pública, etc. Ela também pode melhorar rapidamente na direção virtuosa porque está tudo indexado.
Nesse momento, o mercado de juros considera como certo um novo corte da taxa Selic de 0.75% na próxima reunião do comitê de política monetária e não projeta certeza para um outro corte adicional, que levaria a taxa para 11.50% ao ano em apenas mais duas reuniões. Ou seja, se simplesmente a inércia indicada pelo BC em seu último comunicado prevalecer, um ritmo de corte de juros de 0.75% a cada reunião, ainda há prêmio para ser ganho em prefixados.




Centro Universitário Para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
Curso de Ciências Econômicas
NUPESER - Núcleo de Pesquisa Socioeconômica Regional
 Profº. M.e. Luiz Alberto Neves – E-mail: seven@unidavi.edu.br

Pesquisa realizada por:  RIOCOR Invest Agente de Investimento