A depressão que
atingiu o Brasil nos últimos três anos ainda não deu nenhum sinal de
recuperação nos dados econômicos, muito menos nos de emprego que, em geral, são
os últimos a melhorar. Se a recuperação ainda não veio, o que a taxa de juros
em queda fez até agora foi manter a esperança viva. A própria confiança já
começava a cair em função da falta de resultados econômicos. Estamos ainda no
estágio inicial da melhora.
Os ciclos econômicos no Brasil seguem uma trajetória muito
peculiar. O nível de juros de equilíbrio alto e o fato da maior parte da divida
publica ser pós fixada, fazem com que juros em queda tenham impacto não somente
sobre a expectativa de crescimento como também sobre a projeção de solvência da
divida publica.
Assim, como a expectativa piora rápido quando a roda gira
na direção errada: inflação alta, juros altos, crescimento baixo, arrecadação
de impostos em baixa, dúvidas quanto a sustentabilidade da dívida pública, etc.
Ela também pode melhorar rapidamente na direção virtuosa porque está tudo
indexado.
Nesse momento, o mercado de juros considera como certo um
novo corte da taxa Selic de 0.75% na próxima reunião do comitê de política
monetária e não projeta certeza para um outro corte adicional, que levaria a
taxa para 11.50% ao ano em apenas mais duas reuniões. Ou seja, se simplesmente
a inércia indicada pelo BC em seu último comunicado prevalecer, um ritmo de
corte de juros de 0.75% a cada reunião, ainda há prêmio para ser ganho em
prefixados.
Centro Universitário
Para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí
Curso de Ciências Econômicas
NUPESER - Núcleo de Pesquisa Socioeconômica Regional
Profº. M.e. Luiz
Alberto Neves – E-mail: seven@unidavi.edu.br
Pesquisa realizada por:
RIOCOR Invest Agente de Investimento