Pois bem, ao final
de 2016, o mercado consolidou a visão de que a atividade econômica e a inflação
estavam fracas e que esse contexto, permitiria ou obrigaria o Comitê de
Política Monetária do Banco Central a reduzir mais rapidamente os juros. Os
agentes econômicos então projetaram nos preços de mercado cortes muito
significativos de taxa de juros.
Em decorrência desse cenário, os ganhos das carteiras têm
sido expressivos tanto com títulos ligados à inflação quanto títulos
prefixados. Assim, se o cenário de
mercado se confirmar e os cortes de juros no Brasil forem mais profundos,
esperamos que teremos uma melhora do desempenho das empresas, inclusive das
listadas em bolsa.
Curiosamente, o ganho aconteceria muito mais pelo alívio do
custo da dívida do que pelo crescimento de vendas. Em outras palavras, ainda
estamos em modo de correção de rumo na recessão e não no de crescimento
robusto. Mas seria uma importante evolução em direção à normalidade de mercado.