Situação Macroeconômica
O governo enfrenta diversos desafios e duras batalhas à frente no campo político. No entanto, tem trabalhado na direção correta ao reconhecer que o País necessita de ajustes estruturais e selecionar um time de qualidade e reputação na condução das políticas monetária e fiscal.
O ponto crucial para o governo resgatar a credibilidade e reconduzir o país à um ciclo de crescimento sustentável é a aprovação de reformas que tratam da questão fiscal: as emendas constitucionais do teto dos gastos e da previdência.
Temos a leitura de que a reforma do teto dos gastos passará no Congresso em meados de novembro. O texto original deverá sofrer alterações propostas por deputados, mas acreditamos que o formato final não será maculado de forma que perca sua eficácia fiscal.
Essa aprovação catalisaria o movimento de queda de juros pelo Banco Central, que deixou claro, em sua última ata, que sua ação depende de:
(i) comportamento da inflação e (ii) redução na incerteza sobre a aprovação e a implementação de medidas do ajuste fiscal e seus impactos na inflação. A reforma da previdência definitivamente não será aprovada em 2016, mas ficará para o primeiro semestre de 2017.